De acordo com a mais recente pesquisa do Banco de Dados ABAD/FIA, o faturamento nominal do setor no mês de março foi de +3,77% sobre março de 2020 e de +12,62% em relação a fevereiro. Com isso, o atacado distribuidor acumulou crescimento de +3,75% no primeiro trimestre, na comparação com o mesmo período do ano passado.
Vale destacar que o crescimento de março sobre fevereiro é sempre esperado, dado que esse é um mês com menos dias úteis, e que a comparação em doze meses não se deve a uma base de comparação fraca, já que março de 2020, quando foi decretada a pandemia, havia apresentado crescimento de +8,47% sobre março de 2019.
A explicação para o bom desempenho parece estar no aumento das compras de alimentos para preparação de refeições em casa, em detrimento das refeições feitas fora de casa. Também é preciso lembrar que, embora o food service seja um segmento bastante impactado pela pandemia, registrando grande número de estabelecimentos em dificuldades, muitas empresas já se adaptaram ao formato de delivery para se manter em atividade, demandando bastante do atacado para preparar seus pedidos.
“O resultado está em linha com a expectativa que temos para 2021. Temos confiança em continuar crescendo, mesmo porque lidamos com alimentos de primeira necessidade. E vamos em busca desse desempenho melhorando ainda mais a qualidade da entrega, a disponibilidade de produtos e o zeramento das rupturas”, afirma o presidente da ABAD. Leonardo Miguel Severini.
Em termos deflacionados, o resultado de março foi +11,66% maior que o de fevereiro, mas apresentou queda de -1,36% em relação a março de 2020, acumulando no trimestre um resultado de -0,97%.
A pesquisa mensal do banco de dados é realizada com um grupo representativo de empresas atacadistas e distribuidoras de todo o país. Os dados fornecidos são analisados pela FIA (Fundação Instituto de Administração) e permitem a divulgação de um importante conjunto de informações mercadológicas, úteis para a tomada de decisões pelos gestores do setor.
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